Intro-Inspiração

Sou Gastrenterologista mas a minha paixão pela fotografia é de longa data. A minha 1ª máquina foi uma Olympus de rolo quando tinha 15 anos. Tive várias pequenas máquinas - Nikon, Casio entre outras. Aos 27 anos adquiri uma Canon EOS 1000 de rolo. A minha primeira digital foi uma Leica Digilux 1 que se revelou um tanque de guerra pois ainda hoje funciona e só tem 4 mb. Depois adquiri uma Canon digital, 40 D que troquei há 4 anos por uma Canon 5 D Mark III. Devido ao seu peso troquei pela Olympus M1 Mark II e este ano (2020) pela Sony A9 e A7RIV. Tenho também uma Leica D-lux, uma Leica Q e uma Leica M240- no ultimo ano usei só as Leicas, daí ter trocado a Olympus por falta de uso. Juntei agora o médio formato com a HASSELBLAD X1DII 50c e mais recentemente a pequena Ricoh GR III. O material que se usa tem um papel importante nas fotografias que se fazem, mas a ideia, a emoção e a captação de tudo isso é mais importante. Mas nem sempre tem o resultado desejado. É muito importante fotografarmos, sairmos e termos a sorte de tudo nos sair bem. Tenho participado em vários concursos - Olhares, Lensculture, Gurushots (neste escolheram até hoje 121 fotografias para exposições digitais conjuntas por todo o mundo e 4 igualmente conjuntas mas impressas e ainda 18 sairam em várias revistas de fotografia - digitais ou impressas), Revista FStoppers, Revista da Digital Camera, .... Também fui escolhido para a Practical Photography Magazine (UK) de Fevereiro de 2020 pág 113, com uma foto da Praia do Rei Cortiço, Portugal. Deixei o Gurushots que não passa de um jogo, mas que, com os seus defeitos e virtudes, me acompanhou estes últimos anos, onde cheguei a Guru IV. Também envio fotos para o site da revista LFI onde já tive várias fotos escolhidas pelo corpo editorial para a categoria Nature, Coast Line e uma Master Shot. Concluí em 2019 o Curso Profissional online do Instituto de Fotografia (https://www.institutodefotografia.pt), que foi fundamental na minha aprendizagem técnica e artistica - não basta fazer click para ter uma boa fotografia. Desde a fotometria, profundidade de campo, abertura da lente, o ISO, a velocidade e muitos outros factores são fundamentais na obtenção da exposição e nitidez pretendida. Também a edição dos ficheiros Raw é fundamental. Passei a usar a máquina como quero - recomendo este curso a todos os apaixionados da fotografia, mas que tenham uma profissão que não lhes permite frequentar aulas normais. Não posso deixar de agradecer ao autor George Seper pela clareza com que explica as suas décadas de experiência, o seu bom humor, irreverência e à Professora Caroline Dranoff pela sua disponibilidade e exaustivas explicações ao longo de todo o curso. Em 2020 fiz o Curso Avançado de Viagens e Paisagens igualmente no Instituto de Fotografia como 1º lugar do concurso “Um retrato diferente”.

Fiz ainda Cursos online da Magnum photos:

ALEC SOTH - STORYTELLING e

THE ART OF STREET PHOTOGRAPHY (com Carolyn Drake, Martin Parr, Susan Meiselas, Peter van Agtmael, Bruce Gilden, Mark Power e Richard Kalvar)

que aconselho vivamente - acho que mudam tudo e causam uma verdadeira revolução dentro de nós - encontrar a nossa própria voz é o mais importante.

A liberdade de escolha é fundamental para o processo criativo, independentemente de gostarem ou não das nossas fotos e isso nem sequer é o mais importante- o importante mesmo é a busca do nosso caminho, mesmo que as fotos não sejam perfeitas ou muito bonitas - arte é arte e é e sempre será feita de falhanços após os quais não devemos desistir, Quanto à perfeição, ela é muito relativa, o que é comercial tem de ser perfeito , mas é tudo igual, por vezes não inova e por vezes não nos prende a atenção. O que nos inspira, as zonas desfocadas, os pequenos detalhes e às vezes o inexplicável, isso prende-me a atenção - quero ver a outra realidade, a artística, a inovadora e isso é que é difícil - se perguntarmos aos artistas da Magnum photos sobre questões técnicas a maior parte só sabe o essencial, no entanto as suas fotos são a sua voz e conectam-se facilmente connosco. Vejo por vezes fotos espectaculares, que tecnicamente até são fáceis de fazer, mas tornam-se repetitivas e por isso aborrecidas. Neste momento o meu caminho é muito Egglestone like, ou seja errático, ou como ele chamava de democrático - pois fotografava tudo- portanto tudo pode ser inspirador desde a fotografia de cenas, mais cinemáticas ou teatrais, com grandes espaços negativos em que a luz e as formas são os factores mais importantes - nesta área os mais instigadores para mim foram o pintor Edward Hopper e os fotógrafos Vasco Trancoso, Rui Palha, Fan Ho, Sean Tucker, Samuel L., Alec Soth , entre outros, até às paisagens, macros ou retratos. É um caminho penoso mas inspirador que tenho pela frente, e vou pondo aqui e no Instagram (a que chamo de bloco de notas fotográfico) porque é importante revermos o que vamos fazendo, a nossa evolução e poder ver quais as fotos que nos agradam mais e com o tempo e prática aperfeiçoar a escrita com luz (foto - grafia) das nossas ideias, sonhos ou aspirações.

Como sinto necessidade de escrever estas ideias espero não vos incomodar com ela.

Obrigado por me lerem e verem o que vou fazendo.

Esperemos que as nossas vidas voltem ao normal, pois já sinto necessidade de fotografar livremente.

Abraço e saúde

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